O homem por sobre quem caiu a praga Da tristeza do mundo, o homem que é triste Para todos os séculos existe E nunca mais o seu pesar se apaga!
Não crê em nada, pois, nada há que traga Consolo à Mágoa, a que só ele assiste. Quer resisitir, e quanto mais resiste Mais se lhe aumenta e se lhe afunda a chaga
Sabe que sofre, mas o que não sabe É que essa mágoa infinda assim, não cabe Na sua vida, é que essa mágoa infinda
Transpõe a vida do seu corpo inerme; E quando esse homem se transforma em verme É essa mágoa que o acompanha ainda!
2 comentários:
O homem por sobre quem caiu a praga
Da tristeza do mundo, o homem que é triste
Para todos os séculos existe
E nunca mais o seu pesar se apaga!
Não crê em nada, pois, nada há que traga
Consolo à Mágoa, a que só ele assiste.
Quer resisitir, e quanto mais resiste
Mais se lhe aumenta e se lhe afunda a chaga
Sabe que sofre, mas o que não sabe
É que essa mágoa infinda assim, não cabe
Na sua vida, é que essa mágoa infinda
Transpõe a vida do seu corpo inerme;
E quando esse homem se transforma em verme
É essa mágoa que o acompanha ainda!
Pau d' arco, 1904
Não sei se Augusto dos Anjos tem alguma coisa haver, mas quando li, recordei-me logo dele
Postar um comentário